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Política

Bolsonaro e mais 33 são denunciados por tentativa de golpe e Alexandre de Moraes será o relator

A denúncia feita pela PGR, de 270 páginas, tem como base investigações da PF e já foi enviada ao STF

Redação Pedra Azul News

19/02/2025 - 00:00:00 | Atualizada em 19/02/2025 - 21:09:44

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Agência Brasil

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas ao Supremo Tribunal Federal (STF), acusando-os de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. A denúncia, protocolada na noite de terça-feira (18) pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, tem como base investigações da Polícia Federal (PF).

Segundo a PGR, os denunciados teriam elaborado um plano para impedir a posse do atual presidente Lula, utilizando estratégias que incluíam a disseminação de desinformação sobre fraude eleitoral, tentativas de aliciar militares e a incitação a atos violentos. Essas ações teriam culminado na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

Entre os denunciados estão nomes de destaque do governo Bolsonaro, como o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid. De acordo com Gonet, o grupo atuou de forma coordenada para fragilizar a democracia e tentar manter o ex-presidente no poder, mesmo sem respaldo eleitoral.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) reagiu à denúncia em suas redes sociais, afirmando que a PGR estaria cedendo a pressões políticas e atacou o ministro Alexandre de Moraes, acusando-o de manipular investigações e forçar delações. Para ele, o processo faz parte de uma perseguição ao ex-presidente.

A denúncia, que contém 270 páginas, já foi enviada ao STF, onde será analisada pelos ministros da Primeira Turma.

A Primeira Turma do STF, que é composta por:

- Alexandre de Moraes;

- Flávio Dino (ex-ministro de Lula);

- Cristiano Zanin (ex-advogado de Lula);

- Cármen Lúcia (ministra indicada por Lula); e

- Luiz Fux (ministro indicado por Dilma Rousseff).

Eles decidirão se há indícios suficientes para transformar os acusados em réus e dar início a uma ação penal. O processo está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, enquanto a defesa de Bolsonaro nega as acusações e sustenta que ele é vítima de motivação política.

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