O Brasil enfrenta um cenário alarmante com relação à dengue em 2024. Nos primeiros seis meses do ano, o país registrou 4.367 mortes causadas pela doença, superando o total de óbitos dos últimos sete anos combinados, que foi de 4.331. Este dado foi divulgado pelo painel de monitoramento do Ministério da Saúde (MS), ressaltando a gravidade da situação.
Apesar de uma queda no número de mortes em junho, com 790 casos fatais comparados a 1.344 em maio, o índice continua extremamente elevado. Além disso, 2.659 mortes ainda estão sob investigação, o que pode elevar ainda mais o total de óbitos confirmados.
A situação torna-se ainda mais preocupante com o número de casos prováveis de dengue, que chegaram a 6,237 milhões até 3 de julho de 2024. Este é o maior registro já documentado, superando todos os anos anteriores e indicando uma escalada preocupante da doença no país.
Os estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Distrito Federal e Goiás são os mais afetados, concentrando 77% do total de óbitos registrados em 2024. São Paulo lidera o ranking, seguido por Minas Gerais, Paraná, Distrito Federal e Goiás, que juntos enfrentam a maior parte da crise de saúde pública.
O ano de 2024 já é o mais letal da série histórica para a dengue no Brasil, superando o recorde anterior de 2023, que teve 1.179 óbitos. O aumento significativo nos casos e nas mortes ressalta a necessidade urgente de medidas de controle e prevenção mais eficazes para combater a doença.
Diante desse cenário, as autoridades de saúde reforçam a importância de ações preventivas como eliminação de focos de água parada, que servem de criadouro para o mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue. Campanhas de conscientização e mobilização da população são essenciais para combater a proliferação do mosquito e reduzir o número de casos.