imagem da noticia
camera

Foto: Agência Brasil

PUBLICIDADE

seta amarela

Economia

China compra no Amazonas a maior reserva de urânio brasileira

Negócio envolve recurso estratégico e reforça influência chinesa no território brasileiro.

Redação Pedra Azul News

27/11/2024 - 00:00:00 | Atualizada em 27/11/2024 - 18:40:41

camera

Foto: Agência Brasil

A venda da maior reserva de urânio do Brasil, localizada na mina de Pitinga, em Presidente Figueiredo (AM), à estatal chinesa China Nonferrous Trade Co. Ltda (CNT), reacendeu discussões sobre soberania nacional e controle de recursos estratégicos. A transação foi concluída em 26 de novembro entre a mineradora Taboca e a subsidiária do China Nonferrous Metal Mining Group Co., com registro nas bolsas de valores de Pequim e Lima, destacando a importância global do negócio.

A mina, situada na região da hidrelétrica de Balbina e próxima à BR-174, conecta-se às fronteiras com Venezuela e Guiana, adicionando um componente geopolítico ao debate. O urânio extraído tem usos que vão desde a geração de energia nuclear até aplicações na indústria bélica, tornando a negociação ainda mais controversa.

O urânio é apenas um dos minerais de destaque da mina do Pitinga, que também abriga terras raras. Essas terras raras incluem um grupo de 15 elementos químicos fundamentais para a indústria, especialmente na produção de turbinas, foguetes e baterias.

Localizada em Presidente Figueiredo, a mina de urânio é considerada a maior do Brasil. No entanto, o governo brasileiro ainda não realizou estudos oficiais para avaliar plenamente o potencial mineral dessa reserva.

Especialistas do setor mineral apontam que a área, recentemente adquirida por uma empresa chinesa, também contém tântalo, nióbio, estanho e tório, classificados como minerais críticos e estratégicos para o país. O nióbio, por exemplo, é amplamente utilizado como liga super-resistente em aplicações como foguetes, satélites espaciais, turbinas de motores a jato, mísseis e em centrais elétricas de aço.

A venda ocorre em um contexto de intensificação das relações diplomáticas entre Brasil e China. Durante visita oficial do presidente Xi Jinping ao Brasil, foram discutidas parcerias estratégicas, como o interesse chinês no Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que visa financiar a preservação ambiental. Para críticos, no entanto, o aprofundamento dos laços com empresas estatais chinesas levanta preocupações sobre a entrega de ativos nacionais cruciais.

Embora o Brasil ainda não tenha aderido formalmente à iniciativa da Nova Rota da Seda, liderada pela China, especialistas afirmam que acordos como a venda da mina de Pitinga indicam a crescente influência de Pequim no país.

China compra no Amazonas a maior reserva de urânio brasileira
.

PUBLICIDADE