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O café conilon produzido no Espírito Santo foi oficialmente reconhecido com o selo de Indicação Geográfica (IG) de Indicação de Procedência (IP) pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) desde 2021. Recentemente, Guilherme de Oliveira, produtor de Nova Venécia, tornou-se o primeiro autorizado a usar o selo em suas sacas, destacando a origem do produto.
O café é o principal produto agrícola do Espírito Santo, responsável por uma parte significativa da renda e dos empregos no meio rural. O estado produz cerca de 10 milhões de sacas por ano em uma área de aproximadamente 300 mil hectares, sendo o maior produtor nacional de café conilon. A solicitação para a IG foi feita pela Federação dos Cafés do Espírito Santo (Fecafés) em janeiro de 2020.
Com sabores e aromas distintos, o café conilon capixaba foi reconhecido pela sua qualidade singular. A certificação de Indicação Geográfica é concedida a regiões conhecidas pela produção de produtos específicos com características únicas.
Guilherme de Oliveira, o primeiro produtor a receber o selo, ressaltou que a certificação "vai abrir portas" e permitir a formação de novas parcerias globais, aumentando a visibilidade do seu café e da sua história. "É muito gratificante ver que o selo permite que a origem do café, e a história de nossa família, seja conhecida por todos", afirmou.
Para receber a certificação, é necessário atender a requisitos de qualidade e sustentabilidade. Alexandre Costa Ferreira, gerente da Cooabriel, explicou que o principal critério é que o produtor esteja na área delimitada, ou seja, no Espírito Santo. Outro requisito fundamental é a sustentabilidade, garantindo um café de qualidade e uma paisagem preservada.
Luiz Carlos Bastianello, presidente da Cooabriel, destacou que produtos com o selo de Indicação Geográfica ganham maior valor agregado no mercado, devido à chancela de sustentabilidade e qualidade. "O produto que leva o selo da Indicação Geográfica do conilon do Espírito Santo é de qualidade e produzido dentro dos princípios da sustentabilidade", afirmou Bastianello.
O processo para obter a IG envolveu reuniões frequentes para definir especificações técnicas e o estatuto, trabalho realizado em colaboração com as cooperativas de café do estado. "Foi um trabalho muito gratificante, com inúmeras reuniões em diversos municípios", comentou Bastianello.
Todos os 78 municípios do Espírito Santo estão contemplados pela IG, e produtores interessados podem obter o reconhecimento após um processo de verificação da autenticidade do produto. A indicação geográfica reforça a qualidade do café conilon e promove práticas sustentáveis no campo, destacando a cultura e a história local.
A rastreabilidade do produto é garantida por uma plataforma global, permitindo que consumidores conheçam a origem, a história e as características da propriedade produtora, proporcionando uma experiência única com o café conilon do Espírito Santo.
O selo de Indicação Geográfica é um reconhecimento significativo para o café conilon do Espírito Santo, impulsionando o prestígio e o valor do produto no mercado internacional, além de promover práticas sustentáveis e valorizar a história e a cultura dos produtores locais.
Fonte: Agro Business Folha Vitória
