imagem da noticia
camera

GLOBO

PUBLICIDADE

seta amarela

Política

Em entrevista, Lula diz que “não tem nada de grave, nada de assustador” acontecendo na Venezuela

Lula tentar defender o indefensável e critica cobertura da imprensa brasileira.

Redação Pedra Azul News

31/07/2024 - 00:00:00 | Atualizada em 31/07/2024 - 16:37:05

camera

GLOBO

BRASÍLIA, 30 de julho — Em uma entrevista inesperada à Rede Matogrossense, afiliada da TV Globo, o presidente Lula abordou pela primeira vez as eleições venezuelanas realizadas no último domingo (28). Lula criticou a cobertura da imprensa brasileira sobre o assunto, alegando que estão tratando o tema “como se fosse a 3ª Guerra Mundial”. Ele minimizou a situação, afirmando que o que ocorre na Venezuela "não tem nada de grave, nada de assustador".

Durante a entrevista, Lula defendeu a nota emitida pelo PT que parabenizou o regime venezuelano, descrevendo a situação no país como uma “briga” que deve ser resolvida através de recursos judiciais. Segundo o presidente, a oposição deveria acatar o que for decidido pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão controlado pelo regime de Maduro.

“O PT reconheceu. A nota do PT reconhece, é um elogio ao povo venezuelano pelas eleições pacíficas que houveram e, ao mesmo tempo, reconhece que tribunal eleitoral já reconheceu Maduro como vitorioso, a oposição ainda não. Aí tem um processo. Não tem nada de grave, nada de assustador, vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a 3ª Guerra Mundial. Tem uma briga, como vai resolver essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver dúvida entre oposição e situação, a oposição entra com recurso e vai esperar na Justiça tomar o processo. Aí vai ter a decisão, que a gente tem que acatar […] Eu estou convencido que é um processo normal, tranquilo. Na hora que tiver apresentado as atas, e for consagrado que a ata é verdadeira, todos nós temos a obrigação de reconhecer o resultado eleitoral da Venezuela […] É preciso acabar com a ingerência externa nos outros países […] um bloqueio que penaliza o Irã, um bloqueio que penaliza a Venezuela. Precisa parar com isso, sabe? Cada um constrói o seu processo democrático, cada um tem o seu processo eleitoral”, declarou Lula.

Na mesma entrevista, ao se referir a Maduro como presidente e rejeitar a ideia de assinar uma nota conjunta com Brasil, México e Colômbia para pedir transparência, Lula afirmou que o líder venezuelano “sabe perfeitamente bem que quanto mais transparência houver, mais chance terá de ter tranquilidade para governar a Venezuela”.

A Rede Matogrossense exibirá a entrevista completa ainda hoje, divulgando por enquanto apenas trechos para antecipar o conteúdo da conversa gravada mais cedo com o presidente brasileiro.

As atas mencionadas por Lula referem-se aos boletins de votação que Maduro prometeu apresentar ao governo brasileiro “nos próximos dias” durante uma reunião com o chanceler informal brasileiro Celso Amorim. Na última noite, os mesmos dados oficiais foram divulgados por Edmundo González, candidato da oposição venezuelana, representando María Corina Machado. A oposição alega que tais dados já seriam suficientes para garantir a vitória sobre Nicolás Maduro nas eleições.

Em entrevista, Lula diz que “não tem nada de grave, nada de assustador” acontecendo na Venezuela
.

PUBLICIDADE