A operação da Polícia Federal , autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, tem como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro e diversos de seus aliados que ocuparam cargos no governo anterior. Batizada de "Operação Tempus Veritatis", a ação visa investigar uma suposta tentativa de golpe de Estado. Entre os citados estão Valdemar Costa Neto, presidente do PL, Filipe Martins, ex-assessor especial, e vários generais e membros das Forças Armadas que ocuparam cargos-chave durante o governo Bolsonaro.
A operação, que inclui 33 mandados de busca e apreensão, 4 de prisão preventiva e 48 medidas cautelares, está sendo conduzida no Distrito Federal e em diversos estados, como Amazonas, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, entre outros.
Em pronunciamento sobre a Operação, Lula afirma que não cabe ao presidente dar palpite na ação da polícia.
A Polícia do Exército também está envolvida na ação, com 16 alvos sendo militares.
Segundo informações, parte da operação se baseia na delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
Alexandre de Moraes determinou que Bolsonaro entregue seu passaporte em 24 horas e não mantenha comunicação com os investigados.
A residência do ex-presidente em Angra dos Reis foi uma das áreas revistadas pela PF. As acusações incluem crimes como organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Três dos quatro mandados de prisão já foram cumpridos, incluindo o ex-assessor especial Filipe Martins e o ex-ajudante de ordens Marcelo Câmara, além de dois militares. Até o momento, o documento oficial da operação não foi divulgado.