O setor de exportação de café do Brasil segue enfrentando desafios logísticos que resultaram em um prejuízo de R$ 6,1 milhões em janeiro de 2025. Segundo levantamento do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), 672.113 sacas deixaram de ser embarcadas devido a atrasos em portos brasileiros. A situação reflete as dificuldades enfrentadas pelos exportadores, que lidam com custos extras relacionados a armazenagens adicionais, detentions e antecipação de gates.
Apesar dos desafios, o Brasil exportou 3,9 milhões de sacas no primeiro mês de 2025. O diretor técnico do Cecafé, Eduardo Heron, destaca que a entressafra e a menor oferta contribuíram para avanços no escoamento do café represado desde dezembro. Em 2024, o país atingiu um recorde de 50,5 milhões de sacas exportadas, consolidando sua posição no comércio global.
Os investimentos em infraestrutura portuária são essenciais para superar gargalos logísticos, mas os impactos dessas melhorias devem ser percebidos a longo prazo. Segundo Heron, é fundamental que medidas urgentes sejam adotadas para mitigar os prejuízos do setor.
Dados do Boletim Detention Zero (DTZ) apontam que 67% dos navios enfrentaram atrasos ou mudanças nas escalas nos principais portos brasileiros em janeiro. No Porto de Santos, que concentra 75,3% das exportações de café, o índice de atraso chegou a 77%. No Rio de Janeiro, segundo maior polo exportador do país, 70% dos embarques foram afetados.
Mesmo diante dessas dificuldades, o setor cafeeiro mantém resiliência e busca soluções para aprimorar a logística e garantir a competitividade no mercado internacional. O Cecafé reforça a importância do diálogo entre agentes privados e autoridades públicas para otimizar processos e minimizar os impactos dos atrasos.
Exportadores interessados em acessar informações detalhadas sobre o Boletim DTZ podem se cadastrar no link disponibilizado pela ElloX Digital, fortalecendo a transparência e a tomada de decisões estratégicas para o setor.