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Brasil

Extintores de incêndio podem voltar a ser obrigatórios em carros de passeio; entenda

Extintor ABC: retrocesso ou medida necessária? Proposta reacende debate sobre eficácia e custos

Redação Pedra Azul News

01/12/2024 - 00:00:00 | Atualizada em 01/12/2024 - 09:22:23

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A possível volta da obrigatoriedade do extintor de incêndio ABC em carros de passeio reacende um debate marcado por controvérsias e dúvidas sobre sua real eficácia. A medida, defendida pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), foi aprovada na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e segue para votação no Senado.

Braga afirma que o extintor é essencial para emergências, especialmente em um país onde o atendimento dos Bombeiros pode ser lento. O custo de cerca de R$ 80 seria irrisório diante da segurança que o equipamento oferece, segundo o senador. Ele destaca que 17% dos recalls de veículos no Brasil envolvem problemas que poderiam causar incêndios, com uma média de 100 mil carros a combustão pegando fogo para cada 1,5 milhão fabricados.

Porém, especialistas e associações do setor automobilístico discordam. A Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) argumenta que os avanços tecnológicos reduziram drasticamente o risco de incêndios. “Não há novos fatores que justifiquem o retorno da obrigatoriedade”, diz Hilton Spiler, diretor de Segurança Veicular da entidade. A Anfavea, representante das montadoras, classifica a proposta como retrógrada, ressaltando que países como EUA e nações europeias com padrões similares ao Brasil não exigem extintores.

Outro ponto de crítica é a eficácia limitada do equipamento. Segundo o Corpo de Bombeiros, extintores só controlam princípios de incêndio e são ineficazes em casos mais graves, especialmente quando há vazamento de combustível, aumentando o risco de acidentes.

Apesar das tentativas em 2017 e 2019 de retomar a obrigatoriedade, ambas fracassaram. Se aprovada, a medida alterará o Código de Trânsito Brasileiro, incluindo o extintor na lista de itens obrigatórios. Especialistas, no entanto, alertam que a mudança pode ser mais simbólica do que prática, beneficiando apenas fabricantes do equipamento.

O retorno do extintor seria uma solução para um problema já superado ou apenas mais um custo imposto ao consumidor? Para muitos, a resposta está longe de ser positiva.

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