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Saúde

Falta de vacinas atinge 6 em cada dez municípios brasileiros, mostra estudo

Ministério da Saúde reconhece e afirma que medidas estão sendo tomadas para regularizar doses.

Redação Pedra Azul News

16/10/2024 - 00:00:00 | Atualizada em 16/10/2024 - 13:31:46

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Um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta que 64,7% das cidades brasileiras enfrentam escassez de vacinas, especialmente infantis. O estudo, realizado em setembro, abrangeu 2.415 dos 5.570 municípios do país, e revelou que a falta de imunizantes afeta principalmente a vacina contra a varicela, com mais de 1.200 cidades relatando problemas de abastecimento há mais de 90 dias. Além disso, doses de Covid-19, meningocócica C, e outras vacinas essenciais também apresentam escassez.

Em resposta, o Ministério da Saúde reconheceu o desabastecimento, atribuindo-o a atrasos na entrega por parte de fabricantes como Bio-Manguinhos/Fiocruz e Butantan, além de dificuldades logísticas. A pasta informou que está adotando medidas para regularizar o fornecimento, como a compra de vacinas por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Entre as vacinas mais afetadas, além da varicela, estão as doses contra meningite, hepatite A e DTP, que protege contra difteria, tétano e coqueluche. O Ministério da Saúde afirma que, para algumas vacinas, a normalização está prevista para os próximos meses, enquanto outras, como a varicela e a meningocócica C, só devem estar disponíveis em quantidade suficiente em 2025.

Santa Catarina é o estado mais afetado, seguido por Pernambuco e Paraná. A CNM manifestou preocupação com o risco de retorno de doenças graves, como poliomielite e sarampo, que estavam controladas graças à vacinação.

Em nota técnica, o Ministério da Saúde confirmou a compra de 12 milhões de doses da vacina atualizada contra a Covid-19, destinada tanto para crianças quanto para adultos. No entanto, a oferta limitada para o público infantil e questões regulatórias causaram a escassez em alguns estados.

Paulo Ziulkoski, presidente da CNM, destacou a urgência do problema e considerou positivo o retorno do Ministério, que demonstrou disposição para resolver a situação. Contudo, especialistas alertam para a necessidade de rever o modelo atual de distribuição de vacinas, especialmente em cidades menores, onde o desperdício de doses, devido ao curto prazo de uso após a abertura dos frascos, agrava ainda mais a situação.

Falta de vacinas atinge 6 em cada dez municípios brasileiros, mostra estudo
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