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O preço dos combustíveis no Brasil está prestes a subir, impactado por dois fatores principais: o aumento da alíquota do ICMS, programado para 1º de fevereiro, e a defasagem de preços da Petrobras em relação ao mercado internacional, que atinge 13% para a gasolina e 22% para o diesel.
O reajuste do ICMS, que será fixo por litro e aplicado uniformemente em todo o país, deve aumentar em 7,1% o preço da gasolina e em 5,3% o do diesel diretamente nas bombas. Esses aumentos vêm em um cenário global tenso, com a possibilidade de novas sanções dos Estados Unidos contra a Rússia, o que pode encarecer ainda mais os combustíveis.
A Petrobras, por sua vez, não reajusta o preço da gasolina desde julho de 2024 e do diesel há mais de um ano. A estatal enfrenta pressão para ajustar os valores, que estão descolados do mercado internacional devido ao alto preço do barril de petróleo e à valorização do dólar. Especialistas apontam que a defasagem atingiu níveis insustentáveis, o que torna quase inevitável um aumento em breve.
O impacto dos reajustes será sentido diretamente pelos consumidores. Dados mostram que a gasolina consome cerca de 5% do orçamento das famílias brasileiras. No caso do diesel, as consequências podem ser ainda mais amplas, já que ele influencia os custos de transporte de mercadorias, elevando os preços de produtos essenciais.
Com o cenário político aquecido pela proximidade das eleições de 2026, o governo enfrenta o desafio de administrar a alta sem agravar a inflação e a insatisfação popular. Enquanto isso, a Petrobras já iniciou ajustes em outros combustíveis, como o querosene de aviação, cujo preço subiu 7% em janeiro.
Se confirmados, os aumentos trarão reflexos no custo de vida e na economia brasileira, intensificando o debate sobre políticas de preços e impostos no setor.
