Neste sábado, 27, a Conferência dos Bispos da Igreja Católica Francesa, juntamente com líderes religiosos globais, manifestaram-se contra a cerimônia de abertura das Olimpíadas de 2024. O pronunciamento ocorreu mais de 24 horas após o evento em Paris, que foi considerado desrespeitoso para com os cristãos.
A conferência repudiou a releitura de “Última Ceia”, que retratou os 12 apóstolos sentados à mesa com Jesus Cristo. Esta obra, mundialmente conhecida, já foi representada em diversos eventos, sendo a versão mais famosa a de Leonardo da Vinci, de 1497, que tradicionalmente mostra Jesus consagrando a Eucaristia.
Os líderes católicos qualificaram a apresentação como uma "zombaria". “Nossos pensamentos estão com todos os cristãos de todos os continentes que foram feridos pela ofensa e provocação de certas cenas.
Uma ofensa aos cristãos nas Olimpíadas
A apresentação incluiu drag queens como apóstolos e um DJ no papel de Jesus, em um formato semelhante a um desfile de moda. O diretor artístico Thomas Jolly negou qualquer intenção de provocação. “Meu desejo não é ser subversivo, nem zombar ou chocar”, disse. "Acima de tudo, queria enviar uma mensagem de amor, uma mensagem de inclusão e não de divisão."
A resposta da Igreja Católica
Líderes religiosos de outros países também criticaram a adaptação. O bispo Andrew Cozzens, presidente do Comitê Episcopal dos Estados Unidos para Evangelização e Catequese, pediu aos católicos que respondessem ao incidente de Paris com oração e jejum. “Jesus viveu sua Paixão novamente na sexta-feira à noite em Paris, quando sua Última Ceia foi publicamente divulgada”, afirmou Cozzens. "Não ficaremos de lado e ficaremos quietos enquanto o mundo zomba do nosso maior presente do Senhor Jesus."
O bispo alemão Stefan Oster chamou a cena de "Última Ceia queer" de "um ponto baixo e completamente supérfluo".
Outros líderes religiosos também se manifestaram. O padre dominicano Nelson Medina afirmou que não assistirá a uma única cena dos Jogos Olímpicos. “Que repugnante o que fez zombando do Senhor Jesus Cristo e seu supremo dom de amor”, disse. "E eles são covardes: ão mexeriam com Maomé."
O cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, lamentou a abertura de abertura das Olimpíadas. "Para nós, cristãos, não se trata somente de uma obra de arte", inspirou. "Ela retrata o Evangelho e o significado mais profundo e belo da Eucaristia. Será que o deboche a partir da Última Ceia não reproduzirá e reforçará os preconceitos que se querem combater, fazendo sofrer... Levaram a violências?"