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Brasil

Incêndios no Pantanal em 2024 já devastam área 54% maior do que a registrada no pior ano documentado

Até a terça-feira (11), um total de 372 mil hectares (3,7 bilhões de m²) de área verde foi queimada.

Redação Pedra Azul News

19/06/2024 - 00:00:00 | Atualizada em 19/06/2024 - 15:12:46

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Reprodução: Site G1

Os incêndios no Pantanal em 2024 já devastaram uma área 54% maior do que a registrada no mesmo período do pior ano já documentado. Dados do Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais (LASA) do departamento de meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) revelam que, até a última terça-feira (11), 372 mil hectares (3,7 bilhões de m²) foram queimados, comparados aos 241,7 mil hectares destruídos no mesmo período de 2020, ano que havia estabelecido o recorde anterior.

Especialistas e membros do governo atribuem essa situação alarmante à “seca intensa que afetou o Pantanal”, exacerbada pelo fenômeno climático El Niño. Apesar desses números preocupantes, o bioma ainda não atingiu seu período mais crítico, que geralmente ocorre a partir de setembro.

"Pela primeira vez, o Pantanal está seco no primeiro semestre. Temos pelo menos 15 focos de incêndio em épocas em que nunca se teve fogo no Pantanal," declarou Rodrigo Agostinho, presidente do IBAMA.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou um recorde absoluto de 4.134 focos de incêndio em novembro do ano passado, quase dez vezes a média de 442 focos para o mês. O recorde anterior de novembro, estabelecido em 2002 com 2.328 focos, foi superado em apenas 13 dias do ano passado.

Os dados do INPE mostram que, entre janeiro e junho deste ano, o número de focos de incêndio aumentou 974% em comparação ao mesmo período de 2023. Nos primeiros 12 dias de junho, mais de 733 focos de incêndio foram registrados, o que poderia estabelecer um novo recorde mensal.

Em apenas um ano, foram quebrados os recordes de área devastada e de focos de incêndio no bioma. "Geralmente, os incêndios aumentam em agosto. Estamos muito preocupados. Desde outubro passado, tomamos medidas preventivas, pois o custo de prevenir é menor que o de remediar," disse a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva. Ela destacou que incêndios provocados pelo homem e naturais dificultam a ação devido às áreas de difícil acesso. "Estamos enfrentando as cheias no Rio Grande do Sul e as secas e queimadas no Pantanal, um reflexo grave da mudança climática que nos afeta severamente."

O governo está monitorando as queimadas do Pantanal através de uma sala de situação coordenada pela Casa Civil, envolvendo 19 ministérios.

Incêndios no Pantanal em 2024 já devastam área 54% maior do que a registrada no pior ano documentado
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