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Economia

Inflação da carne volta a pesar no bolso do brasileiro, com maior índice desde outubro de 2021

Alta acumulada chega a 15,43% e encarece churrascos e refeições em todo o país.

Redação Pedra Azul News

12/12/2024 - 00:00:00 | Atualizada em 11/12/2024 - 19:11:52

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O preço da carne voltou a subir expressivamente, impactando diretamente o consumo dos brasileiros. Em 12 meses, o aumento acumulado chegou a 15,43% até novembro, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE nesta terça-feira (10). Este é o maior índice registrado desde outubro de 2021, quando a alta foi de 19,71%.  

Após meses de queda entre fevereiro de 2023 e agosto de 2024, os preços das carnes retomaram a trajetória de alta em setembro. Apenas em novembro, a inflação desse grupo de alimentos foi de 8,02%, marcando a maior variação mensal desde dezembro de 2019 (18,06%).  

Os cortes que mais registraram aumentos foram a alcatra (9,31%), chã de dentro (8,57%), contrafilé e costela (ambos com 7,83%). Segundo André Almeida, gerente da pesquisa do IBGE, o aumento se deve à menor oferta de animais para abate, ao volume crescente de exportações e à alta demanda interna típica do final do ano.  

O economista André Braz, da FGV, reforça que o desemprego em queda contribui para um ambiente de consumo aquecido, impulsionando ainda mais os preços. "Com a chegada das festas de fim de ano, a demanda tende a crescer, podendo elevar ainda mais os valores em dezembro", pontua.  

A consultoria Datagro também destaca que o preço do boi gordo atingiu máximas nominais históricas, refletindo nos valores repassados ao varejo e ao consumidor. Apesar disso, o ambiente de consumo favorece a continuidade das compras, embora já se observe uma substituição gradual da carne bovina por proteínas mais acessíveis.  

O impacto no orçamento familiar preocupa, mas economistas indicam que a tendência é de estabilização dos preços em 2025, à medida que o mercado se ajusta ao equilíbrio entre oferta e demanda.

Inflação da carne volta a pesar no bolso do brasileiro, com maior índice desde outubro de 2021
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