Um estudo recente, conduzido por meio de entrevistas com 800 gestores de empresas nos Estados Unidos, revelou que quatro em cada dez empresas têm optado por não recrutar jovens recém-formados da geração Z, que são os nascidos do ano de 1995 e os mais novos nasceram em 2010. Os desafios começam no próprio processo de seleção, evidenciando questões como falta de habilidades de comunicação (52%), escolha inadequada de vestimenta (47%) e até mesmo a presença dos pais (19%).
De acordo com Caio Pereira Infante, especialista em branding de recrutamento, os jovens da geração Z trazem consigo a cultura da instantaneidade, característica do mundo digital, para o ambiente corporativo. Contudo, essa expectativa muitas vezes não condiz com a realidade do mercado de trabalho, resultando em frustrações e desajustes.
Embora compreensível que os recém-formados não possuam todas as habilidades exigidas pelo mercado de trabalho, as empresas ressaltam a importância de competências fundamentais como pontualidade, habilidades de comunicação e adaptação à rotina. Esse choque geracional tem demandado ajustes tanto por parte dos jovens quanto das empresas.
Para Infante, é essencial que as empresas entendam as diferentes expectativas e procurem maneiras de oferecer oportunidades de crescimento profissional que estejam alinhadas com as necessidades e valores dos jovens profissionais.