Uma operação realizada pela Polícia Civil do Espírito Santo resultou na apreensão de mais de quatro mil litros de azeite adulterado nesta segunda-feira (24). A ação ocorreu em estabelecimentos comerciais nas cidades de Linhares, Viana e Vitória, fortalecendo o combate à venda de produtos clandestinos e garantindo mais segurança para os consumidores.
A investigação, conduzida pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) em parceria com o Ministério da Agricultura, revelou que a empresa fabricante, localizada em São Paulo, comercializava azeite falsificado sob diferentes marcas. O delegado Eduardo Passamani destacou que essa colaboração tem sido fundamental para coibir fraudes e proteger os consumidores capixabas.
Combate à fraude alimentar
No final de 2024, a polícia identificou a empresa como autorizada a fabricar óleo composto, mas que comercializava o produto com rótulos de azeite extra virgem, utilizando a marca Azeite Anna. A fraude consistia na venda de um produto que deveria custar cerca de R$ 8,00 com embalagem e precificação de azeite extra virgem, chegando a valores entre R$ 40,00 e R$ 50,00.
As primeiras apreensões ocorreram nos municípios de Serra, Cariacica, Vila Velha e Viana. No total, foram recolhidos oito mil litros do produto para análise e investigação.
Mudança de marca e ação contínua da Polícia
Após a notificação do Ministério da Agricultura, a empresa trocou a marca comercial para Villa Glória, tentando continuar a venda do produto fraudulento. Novas amostras foram coletadas e um segundo inquérito foi instaurado para apurar os fatos.
O delegado Eduardo Passamani confirmou que todos os produtos irregulares foram retirados de circulação e que as investigações seguem para impedir a continuidade da fraude. "Nosso trabalho visa assegurar que os consumidores capixabas tenham acesso a produtos autênticos e de qualidade. A polícia continuará monitorando o mercado para coibir novas tentativas de irregularidades", afirmou.
Ação judicial e prevenção contra fraudes
Como a empresa está sediada em São Paulo, parte da investigação busca impedir que esses produtos retornem ao mercado capixaba. Um procedimento judicial foi instaurado para conter a comercialização, garantindo que os consumidores não sejam enganados por rotulagens fraudulentas.
A Polícia Civil e o Ministério da Agricultura seguem atuando de forma conjunta para proteger os direitos dos consumidores e assegurar a qualidade dos produtos vendidos no Espírito Santo. A operação reforça a importância da fiscalização rigorosa para evitar fraudes e garantir um mercado mais transparente e seguro para todos.