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Política

Por 5 a 0, primeira Turma do STF torna Bolsonaro réu por suposta tentativa de golpe

Ex-presidente e mais sete respondem por suposta tentativa de golpe e outros crimes.

Redação Pedra Azul News

26/03/2025 - 00:00:00 | Atualizada em 26/03/2025 - 14:31:09

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Gustavo Moreno/STF

Nesta quarta-feira (26), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou por unanimidade a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete investigados por suposta tentativa de golpe de Estado. A decisão foi tomada pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

A denúncia da PGR aponta cinco crimes atribuídos ao grupo: organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Segundo Moraes, Bolsonaro liderava uma "organização criminosa estável" que coordenava ações para questionar a legitimidade do sistema eleitoral e fomentar atos golpistas.

Tornaram-se réus:

1. Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República

2. Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;

3. Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;

4. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;

5. Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;

6. Mauro Cid, ex-ajudante de ordens;

7. Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e

8. Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

Na terça-feira (25), os integrantes do colegiado rejeitaram todas as contestações da defesa de Bolsonaro à denúncia da PGR.

A PGR fundamentou a denúncia com provas colhidas pela Polícia Federal, incluindo documentos, depoimentos e o relatório de fiscalização do sistema eleitoral de 2022, que atestou a inexistência de fraudes. Moraes destacou que Bolsonaro ignorou essas conclusões ao insistir em narrativas infundadas para questionar as urnas eletrônicas.

Após a decisão, Bolsonaro criticou a celeridade do STF e afirmou em suas redes sociais que o processo visa impedir sua candidatura em 2026. Agora, os réus serão intimados para prestar depoimentos, e novas provas poderão ser requisitadas antes do julgamento final, que determinará absolvição ou condenação.

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