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Economia

Projeções do governo apontam: vai acabar o dinheiro para serviços básicos já em 2027

Projeções oficiais apontam para apagão orçamentário e reforçam urgência de reformas fiscais.

Redação Pedra Azul News

25/04/2025 - 00:00:00 | Atualizada em 25/04/2025 - 15:03:07

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Agência Brasil / EBC

A crise fiscal brasileira está perto de um ponto crítico. Projeções oficiais do governo indicam que, já em 2027, os recursos para manter serviços públicos básicos podem acabar, levando o país a um inédito apagão orçamentário. O alerta foi reforçado na apresentação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026, reconhecendo que o espaço para despesas discricionárias — aquelas que garantem funcionamento de universidades, bolsas de pesquisa, programas sociais e serviços federais — vai praticamente desaparecer nos próximos anos.

Projeções do governo apontam: vai acabar o dinheiro para serviços básicos já em 2027
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O histórico recente é de paralisações pontuais, como a suspensão da emissão de passaportes em 2017, redução de bolsas do CNPq e o adiamento do Censo do IBGE por falta de verbas. Agora, a própria equipe econômica admite a insustentabilidade do modelo atual. Segundo estimativas, em 2027, as despesas discricionárias ficarão negativas em R$ 12 bilhões, tornando impossível sustentar serviços essenciais sem mudanças profundas.

O nó fiscal se deve ao crescimento constante dos gastos obrigatórios, como Previdência, salários de servidores e programas sociais, que consomem quase todo o Orçamento. Emendas parlamentares e precatórios agravam ainda mais o cenário, reduzindo o espaço para despesas livres do Executivo. Para 2027, estão previstos R$ 57 bilhões em emendas e R$ 124 bilhões em precatórios, corroendo as verbas já escassas.

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Especialistas apontam que, sem reformas estruturais, restam apenas alternativas impopulares: aumentar impostos ou ampliar a dívida pública — ambas rejeitadas por sociedade e investidores. A revisão dos pisos constitucionais para saúde e educação e o debate sobre a vinculação de benefícios ao salário mínimo voltam ao centro da agenda.

Se nada for feito, o próximo governo herdará um orçamento engessado e incapaz de garantir serviços essenciais à população, confirmando o risco de um colapso fiscal inédito na história recente do país.

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