O governo do Rio Grande do Sul emitiu um decreto de calamidade pública em resposta aos desastres naturais que assolam o estado. O Decreto nº 57.596, publicado em edição extra do Diário Oficial, destaca a gravidade das "chuvas intensas, alagamentos, granizo, inundações, enxurradas e vendavais de grande intensidade". Classificando os eventos como "desastres de Nível III", o documento revela que mais de 100 municípios foram afetados, resultando em 10 mortes e 21 desaparecidos.
Segundo o governador Eduardo Leite, as consequências das ações climáticas incluem "danos humanos, com a perda de vidas, e danos materiais e ambientais, com a destruição de moradias, estradas e pontes, assim como o comprometimento do funcionamento de instituições públicas locais e regionais e a interdição de vias públicas". O decreto estabelece que todo o governo estadual deve prestar apoio à população, sob a coordenação da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil.
Leite alertou para a gravidade da situação, afirmando que as chuvas serão o "maior desastre" já enfrentado pelo estado. Ele destacou a importância da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agendada para quinta-feira, ressaltando a necessidade de apoio federal para lidar com a crise. A visita de Lula ocorre em meio aos esforços para coordenar ações de socorro e assistência aos municípios afetados pelas fortes chuvas registradas desde segunda-feira.
A declaração de calamidade pública busca mobilizar recursos e esforços para lidar com os impactos devastadores das chuvas, enquanto o estado enfrenta uma das piores crises naturais de sua história recente.